Belo e Gracyanne Barbosa, que na última quinta-feira, 18, pegaram muita gente de surpresa com a notícia de que o casamento deles havia chegado ao fim após 16 anos de união segue dando o que falar. Segundo informações de Leo Dias, a musa fitness teria traído o marido com Gilson de Oliveira, que trabalhava como personal trainer dela.

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Após o anúncio da separação, Gracyanne disse nas redes sociais que devia ter tentado terapia de casal.

Em um post no Instagram, ela foi questionada sobre a sua relação com o cantor. “Vocês procuram fazer alguma terapia de casal? Quando identificaram a primeira crise na relação?”, perguntou um seguidor. “Não, mas deveríamos ter tentado, respondeu a ex-mulher de Belo.

À IstoÉ Gente, o psicólogo Alexander Bez, que é especialista em relacionamentos pela universidade de Miami, ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia, e em saúde mental, explica se fazer terapia de casal pode evitar o fim do relacionamento. Entenda!

É importante fazer terapia de casal?

A terapia de casal, sempre uma faca de dois gumes, é crucial quando um casal decide optar por ela. Como especialista em relacionamentos, percebo que a decisão de buscar terapia de casal já indica uma fragmentação na relação. Ninguém procura terapia de casal para elogiar a relação, os filhos ou conquistas materiais como uma casa na praia ou no campo. Geralmente, quando há indícios de terapia de casal, revela-se uma fragmentação na relação.

A terapia de casal pode funcionar, mas sua ambiguidade se torna evidente em casos de traição. A complexidade aumenta quando não há certeza se a terapia pode realmente resolver a situação, pois lavar roupa suja pode criar mais tensão. A terapia de casal molda-se a essa ambiguidade e pode ser eficaz se ainda houver sentimento e desejo real do casal em se manter unido. No entanto, quando há uma traição consumada, é difícil afirmar que a terapia de casal será eficaz, pois pode ser necessário recomeçar a relação do zero.

Qual o propósito?

O propósito da terapia de casal é mostrar essa fragmentação e que a relação já está deficiente, entre aspas. A terapia de casal tem uma dupla funcionalidade. Ela pode tentar mostrar soluções para o caminho, mas a ambiguidade surge quando se trata do sintoma que levou o casal à terapia. O sintoma, muitas vezes, é a fragmentação na relação.

Quando a terapia de casal é influenciada pela traição, a situação se torna mais complexa. Nos Estados Unidos, as relações mais harmoniosas são baseadas em um amor operacional, não perfeito, mas íntegro e honesto. A paixão é o sentimento que coíbe traições, por isso, quando há uma traição, é um sinal de falta de paixão.

A rotina maçante, ampliada pelas redes sociais, contribui para o desgaste nas relações. Muitas vezes, o espaço que poderia ser preenchido pela própria reunião interna do casal é negligenciado devido às distrações externas, como redes sociais.

Fazer terapia de casal pode evitar o fim do relacionamento?

Atribuir o sucesso relacional à terapia de casal é um equívoco, pois a verdadeira solução está dentro das próprias pessoas e não na terapia em si. Quando a fenda na relação é ampliada, a terapia de casal se torna inviável, não podendo milagrosamente reverter a falta de sentimentos.

Portanto, é importante que ela não se sinta culpada, pois a relação parece ter chegado a um ponto de desgaste máximo, tornando a terapia de casal inviável. Talvez seja o momento de considerar seguir caminhos separados, já que a relação parece ter chegado ao fim.